Matematicamente falando…
by RNPD
«A Matemática consiste em provar a coisa mais evidente da forma menos evidente».
George Polyá
In Nicholas Rose, Mathematical Maxims and Minims (Raleigh N.C. 1988)
Três académicos, May Lim, do NECSI e da Brandeis University, Richard Metzler, do NECSI e do MIT, e Yaneer Bar-Yam, do NECSI, investigadores, entre outras áreas, em Teoria dos Sistemas Complexos, publicaram em Setembro, na revista Science (Vol. 317, nº 5844), um interessante trabalho sobre o padrão de formação de tensões étnicas e culturais no mundo.
Digo interessante não porque me tenham surpreendido os resultados, não porque me tenham surpreendido as prescrições que decorreram dos resultados, mas porque, como alude o aforismo de Polyá que encima este pequeno texto, conseguiram chegar ao que é evidente pelo mais complexo dos trajectos.
Fazendo uso de um modelo matemático próprio da teoria da “separação de fases”, da Física, os autores conseguiram caracterizar e prever a formação de conflitos étnicos e culturais num mesmo espaço, com um grau de correlação superior a 90%( usando como casos de estudo a Jugoslávia e a Índia).
Assim, chegaram à conclusão que os conflitos surgem quando identidades etno-culturais diferentes são obrigadas a partilhar um espaço político-territorial sob determinadas condições. A saber: a tensão social aumenta à medida que a proporção das minorias, ou o seu número relativo, deixa de ser insignificante para permitir a conquista de visibilidade e poder de reivindicação social, momento a partir do qual a sociedade perde a sua coesão tradicional e as tensões etno-culturais se tornam propícias ao eclodir de fenómenos de violência mais gravosos, dependentes então, na sua importância ou dimensão, de factores adicionais: históricos, religiosos, económicos, políticos, influências internacionais, etc.
Naturalmente, compreendendo o potencial de actualidade do tema em causa, na era da mundialização liberal e das grandes migrações para o Ocidente, o relatório foi alvo de interesse e discussão para além das salas de Física ou Matemática, e atravessou os meios de análise política.
A conclusão do estudo foi clara: A instabilidade e o conflito etno-cultural resultam invariavelmente da indefinição de limites ou fronteiras entre grupos diferentes no seio de um mesmo Estado, quando existe o contexto político que permite a existência de dinâmicas de contestação civil por parte das minorias étnicas (evidentemente o problema não tem o mesmo significado em regimes autoritários ou totalitários).
Mas o que é que isto implica especificamente? Os autores precisam que há duas formas de alcançar essa clarificação ou essa delimitação do espaço público, sem se deitarem a tecer considerações sobre a bondade de cada uma, valha a justiça: a separação, por um lado, ou a miscigenação e integração forçada pelo Estado, por outro. De facto, não seria possível ser-se mais claro!
É importante, aqui, sublinhar que os autores afirmam que a opção de separação pode ser alcançada por duas vias: ou por métodos conformes à existência dos Estados clássicos e das suas fronteiras históricas, ou seja, e para dar um exemplo no contexto da actual enxurrada imigrante para as nações da Europa, falamos de processos de expulsão. Ou então pela redefinição de novos espaços político-jurídicos que permitam a recriação de espaços públicos apartados, e embora os autores sublinhem que esta redefinição não tem por que implicar a criação de novos Estados é evidente que também não tem por que não permitir, a prazo, um reagrupamento desse tipo.
Isto é de alguma relevância, porque no âmbito do combate identitário dos povos europeus (que hoje, face à submersão das suas terras por gentes que nada lhes são, é primeiramente um combate pela própria sobrevivência), é importante compreender que trilhos se abrem e podem ser percorridos e que caminhos, ainda que mais familiares ou desejados, podem estar encerrados.
Por outro lado, as duas soluções que apresentam para assegurar a coesão comunitária (assimilação vs separação) espelham em si a essência do grande combate político da pós-modernidade, porque permitem, com a maior simplicidade e naturalidade, delimitar os campos que se enfrentam. De um lado estão os que pretendem a separação clara dos espaços de forma a garantir o evo das identidades históricas, integrais, completas. Do outro encontrar-se-ão todos os que, ainda que pelas mais diferentes razões, que não dissecaremos aqui, pretendem a amálgama e a assimilação com as novas populações.
Em remate, o estudo encerra em si uma espécie de paradoxo particularmente significativo, é que se as forças identitárias sempre ressalvaram a centralidade da homogeneidade etno-cultural como critério essencial para qualquer concepção perene de nação, os seus adversários, de todos os quadrantes, sempre se refugiaram, de um modo ou outro, na exaltação do contrário, porém, o que o relatório conclui é que, no final, a solução passa sempre pela procura dessa homogeneidade, é somente o modelo que difere: ou a escolha é manter o carácter particular da estirpe, as suas características físicas e culturais (ironicamente a única resposta que asseguraria, de facto, a diversidade dos povos do mundo), ou aceitar a sua transformação numa massa híbrida, mestiça, uma amálgama populacional com características próprias e novas, mas uniformizada, de facto. A necessária estabilidade que exigem todas as sociedades que pretendem prolongar-se no tempo conduzirá inevitavelmente a um desses desfechos.
“Não é que eles não consigam ver a solução, é que eles não conseguem ver o problema.” (Gilbert K.Chesterton, O Escândalo do Padre Brown)
A separação ou… a “segregação”, proposta dos Nacional-Anarquistas, criação de micro-Estados raciais (ao estilo da Grécia antiga, tipo cidades-Estado).
Tou a traduzir uns textos N-A franceses, e na França os N-A utilizam o nome “anarco-identitários” (ainda estou a recuperar do choque).
Enfim, parece-me que, para um nacionalista, não há hoje como não ser libertário em relação ao Estado, mas o que está na base disso não é, ou pelo menos eu não gosto de o definir assim, um posicionamento anarquista, mas antes comunitarista. O problema é que o Estado hoje não tem qualquer ligação à nação, é efectivamente um Estado Ocupado. A libertação dessas instituições ditas públicas encerra uma ambição de regeneração colectiva da comunidade autêntica, uma libertação das teias jurídicas dessas “coisas” a que chamam países e que nada representam a não ser formas liberais de agregar unidades de produção e de consumo, vulgo cidadãos, de todo o mundo sem qualquer respeito pela identidade dos povos. Essa urgente necessidade de compreender a armadilha que são os Estados como hoje existem não tem por detrás, para mim , uma aspiração de viver de acordo com princípios anarquistas.
Em relação ao termo identitário, não há por que o rejeitar, como já te disse anteriormente; o facto de haver alguns serviçais do judeo-americanismo a usarem o termo é mera distorção do seu sentido e total ignorância do que o movimento representa e de onde origina. Aliás, se leres as posições dos identitários italianos verás rapidamente o que quero dizer. Mais, mesmo o Pierre Vial, que será provavelmente o mais activo e batalhador representante do que em França é o movimento identitário com expressão intelectual, já deixou bem claro o que pensa de Sarkozy( o homem chegou ao ponto de votar na Segolene, jesus), dos EUA e restante maralha aliada.
Ah, respeitante à Altermedia recebi hoje uma resposta dos responsáveis. Espera-se uma breve renovação da mesma.
Rodrigo e Flávio
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Muito, mas muito curioso texto e… tremendamente pertinente a resposta de Rodrigo ao Flávio Gonçalves, que me pareceu positivamente “surpreendido” pelo novo conceito de “polis”, a verdadeira “Nação” pré-estatal que defendo na minha concepção de nacionalismo.
O território, o povo e a cultura (soberania étnico cultural) num contexto de subsidariedade estrutural de um país !
Quando refiro a necessidade de estruturar uma nação, por exemplo no caso do Norte de Portugal, não pretendo, de forma alguma, “desconstruir” uma realidade com oitocentos anos de História, mas sim potenciar desde a periferia valores “centrípetos” assentes numa “meta-nacionalidade” respeitadora das comunidades, evitando a burocracia centralizadora e autoritária de um Estado “empedernido e inflexível”.
Se esse trabalho de “re-nacionalização” dos países fosse concretizado, estariamos no bom caminho para uma Europa comunitária, respeitadora das expressões culturais europeias, ramos de uma mesma árvore (“Yggdrasil”), e consequentemente auto-protectora do seu etnicismo.
Cordiais saudações.
http://pt.altermedia.info/geral/violencia-contra-os-nacionalistas_462.html
Após as recentes ameaças contra Alain Soral, presidente de Unidade & Reconciliação e activista da Frente Nacional francesa, por parte dos identitários franceses, eis um pouco do historial de violência desse movimento.
A agressão como único argumento
Durante muitos anos os nacionalistas da França e da Valónia tiveram de se resguardar dos comandos de excitados marxistas ou sionistas. Organizar uma manifestação, ter uma reunião, fazer uma distribuição de panfletos, não era geralmente uma coisa cómoda, era necessário prever sempre a eventualidade duma agressão por parte de elementos violentos que beneficiavam da vantagem numérica.
Tendo os movimentos de extrema-esquerda conhecido um sério recuo e estando os sionistas menos virulentos, os militantes nacionalistas poderiam esperar levar adiante o seu combate em melhores condições de segurança. Ora não foi o que aconteceu, desde há três anos, um número não negligenciável de quadros do movimento nacional foram vítimas de agressões selectivas, enquanto outros foram ameaçados. O último caso conhecido nesta data (8 de Setembro, 2005) é o do co-responsável técnico da página de Internet de contra desinformação Altermedia que foi atacado no seu domicílio, no final do mês de Agosto, por bandidos com pretensões políticas que o nosso camarada, ainda que ferido, conseguiu por em fuga.
Estas violências repetidas não tinham sido até agora muito mediatizadas pela simples razão de que poderiam prejudicar o movimento nacional uma vez que as vítimas são nacionalistas e os agressores também o são (ou pelo menos pretendem sê-lo). Os agredidos e as testemunhas das violências preferiram até agora não tornar estes factos públicos a fim de não manchar a imagem da nossa corrente política. Mas a persistência das ameaças e das agressões – que se traduz pela utilização de armas brancas e de golpes tais que já foi necessária uma hospitalização – já não permite tergiversar.
Cronologia dos factos
2003
Mal tinha sido criado uma nova página solidarista quando o seu webmaster foi ameaçada de violência por correio electrónico e por mensagens telefónicas. O autor destas é um dos principais quadros dos Identitários.
Em Nancy, o responsável local das Juventudes Identitárias abandona-as em desacordo com a sua linha política. É imediatamente ameaçado por telefone pelo responsável nacional desta organização. Pouco tempo depois, o átrio do seu imóvel é coberto de inscrições denunciando-o nominalmente como “nazi”, inscrições similares são feitas no seu bairro.
Em Toulouse, o antigo secretário-geral do movimento Unité Radicale é agredido por dois militantes das Juventudes Identitárias à saída duma reunião pública.
Em Paris, aquando das Jornada da Identidade, Eddy M., ex conselheiro regional da FN e do MNR e ex membro da direcção de Unité Radicale é chamado à parte e atacado por um dirigente nacional das Juventudes Identitárias.
2004
Em Paris, aquando do colóquio do GRECE, um comando de militantes das Juventudes Identitárias ataca o stand duma editora livreira e agridem fisicamente os seus responsáveis.
Em Dezembro, uma manobra conjunta é organizada para travar a página da Altermedia. Um dos responsáveis técnicos que não se deixou intimidar é ameaçado, bem como a sua família, por correio electrónico e mensagens telefónicas. O autor destas ameaças é, aqui também, um dos principais quadros dos Identitários.
2005
Em Nice, numa reunião organizada para apresentar a página Altermedia e o seu trabalho é atacada por um comando de militantes das Juventudes Identitárias conduzido pelo seu principal dirigente. O orador é atacado a golpes de matraca e ferido no rosto por uma arma branca.
No mesmo dia, o organizador da reunião é vítima duma emboscada na livraria nacionalista da cidade e violentamente atacado, tendo sido hospitalizado com um traumatismo craniano. O autor destas agressões é, ainda aqui e sempre, um dos principais quadros dos Identitários.
No final de Junho, dois militantes das Juventudes Identitárias de Toulouse, que manifestaram dúvidas acerca da linha política da sua organização são espancados aquando duma reunião privada da organização.
Nos finais de Agosto o co-responsável técnico da agência Altermedia é agredido no seu domicílio. Um dos agressores é o animador principal da revista “Identitaire” e outro é um dirigente dos Identitários Valónia-Bruxelas.
A tudo isto, é necessário adicionar as constantes pressões sobre os meios de informação e as livrarias do movimento para que se abstenham de promover as obras ou os autores que não lhes agradam, bem como as difamações sistemáticas das iniciativas de imprensa que são um sucesso (como foi recentemente vítima um trimestral metapolítico sobre “o verdadeiro fórum”).
Porquê? A proveito de quem?
Primeira hipótese: trata-se de psicopatas megalómanos que, incapazes de se imporem pelas suas qualidades intelectuais, políticas ou militantes, decidiram criar o seu próprio espaço na cena nacional eliminando os seus concorrentes pela eliminação?
A utilização de tais métodos para um resultado nulo em termos de benefício social e financeiro explica-se mal num meio político já de si tão pouco representado.
Segunda hipótese: O sistema tem necessidade de provocadores para montar as suas manipulações anti-nacionalistas. E isto, tanto mais que uma estranha impunidade parece proteger os Identitários: as queixas feitas não têm qualquer efeito, a acção judicial por reconstituição de organização dissolvida é enterrada (burocraticamente) etc.
Se esta última hipótese se revelasse exacta, ela explicaria porque é que os quadros e os responsáveis que mais se opõem a toda a provocação no seio do movimento nacionalista, são visados sistematicamente. Ela explicaria também porque é que encontramos os agressores tão amplamente empenhados em diversas operações anti-Frente Nacional (candidaturas parasitas, apoio a iniciativas cisionistas, promoção no seio da cena nacional de de Villiers e do MPF [aliados do grupo ID do parlamento europeu, representado em Portugal pelo PND – nde], etc).
É necessário, desde logo, concluir que os dirigentes dos Identitários são por um lado pagos e pelo outro manipulados.
Para consulta do original: http://fr.altermedia.info/general/violence-contre-les-nationalistes_7684.html
Só li este texto hoje. Gostei de tal maneira que fiz um post no 0ovo0.
Ainda tenho muito a ler tanto aqui como no Batalha Final, entre outros…