Month: Março, 2011

A voragem do capital global contra o Estado-Nação

«As duas características distintivas da globalização são a ascensão do capital transnacional e a supressão do Estado-Nação enquanto eixo do desenvolvimento mundial. As conhecidas alterações na tecnologia, particularmente a revolução da informação e das comunicações, mas também as revoluções nos transportes, automatização, robótica, etc., e aquelas facilitadas pelo marketing e pela gestão, permitiram ao capital conseguir mobilidade global, e através dessa mobilidade o capital tornou-se transnacional.

Cada época na história moderna assistiu a uma expansão sucessiva do capitalismo mundial sobre o modelo existente na época precedente que reforçou as redes transnacionais de relações e quebrou progressivamente as autonomias locais, nacionais e regionais. Cada uma dessas ondas também assistiu ao estabelecimento de conjuntos de instituições que tornaram essa expansão possível. Desde os tratados de Vestefália do século XVII, que consagraram o sistema de Estado-Nação, até à década de 1960, o capitalismo floresceu através de um sistema que gerou estruturas nacionais, instituições e agentes concomitantes. A Globalização, porém, fez erodir progressivamente estas fronteiras nacionais e tornou estruturalmente impossível às nações individuais manterem economias, políticas e estruturas sociais independentes, ou até autónomas. Uma característica chave da época actual é a supressão do Estado-Nação como princípio organizativo do capitalismo.»

In Adbusters nº 95

Os mesmos esqueletos de sempre

Tantos anos depois verificamos, com pesar, que persiste o principal problema que impediu, durante décadas, o desenvolvimento do movimento nacionalista português, que continua perdido num labirinto do qual não consegue sair. E o problema é este: o movimento nacionalista continua dividido entre dois grandes grupos que não se suportam e que já deveriam, há muito, ter deixado de contar para qualquer coisa: saudosistas do salazarismo e das colónias de um lado e grupos skinheads de outro.

Os primeiros incapazes de perceber o mundo em que vivem e agarrados a uma ideia de Estado Português que já não existe – e não existirá mais – confundindo, por isso, os conceitos de Estado, Império e Nação, ou seja, confundindo a comunidade nacional com a comunidade linguística, tornam-se assim comoventes serviçais dos que pretendem a destruição etno-cultural dos povos na era da Nova Ordem Global. Muitas vezes movidos por um messianismo católico misturam, ainda por cima, a identidade nacional com o Canon da Igreja ou os interesses do Vaticano e não reconhecem quando essas coisas são opostas. O discurso permanente e repetitivo contra a revolução democrática de Abril e o regime daí saído nunca é complementado com qualquer proposta alternativa, permitindo retratá-los como nostálgicos da velha ditadura, ou ávidos de uma nova que eles próprios não conseguem explicar.

Os segundos vivem encerrados num mundo imaginário criado por Hollywood. Com um discurso básico, uma imagem excêntrica que reflecte um mau-gosto notório, e tatuagens por tudo o que é lado (alguns até no pescoço e cabeça as têm!) causam aversão na maioria da população. Dizem-se nacional-socialistas mas os antigos heróis do Terceiro Reich lutaram precisamente contra a vulgaridade dos gostos e dos hábitos que esses skinheads fazem gala de exibir. A verdade crua e dura é esta: nenhum movimento político pode ter qualquer tipo de aspiração enquanto tiver a sua imagem associada a esses grupos. Basta ouvir o povo para saber que ninguém no seu perfeito juízo entregaria os destinos da nação nas mãos de pessoas com aquele aspecto e discurso.

Oiço agora novamente muitos a falarem na necessidade de união de todas as tendências, para acabar com as divisões internas, quando na verdade, o que era verdadeiramente necessário, e desde há muito tempo, era que o movimento se livrasse daquelas duas tendências (pelo menos daquelas duas…). Não é de uma união de ineptos que o movimento precisa mas de uma ruptura com os pesos-mortos…

Um movimento nacionalista deve hoje assentar em dois pressupostos: na defesa da identidade étnica e cultural do povo e na rejeição da vulgaridade e da fealdade.

De Berlim a Nova Iorque

Maravilhoso mundo este surgido no pós-II Guerra Mundial. Derrotado o “eixo do mal” e das ditaduras ganhou-se um Polícia do Mundo que intervém unilateralmente sem precisar de mandado ou escrutínio de qualquer espécie. Deixou de haver ditaduras, em prol das democracias e dos “pluralismos”, mas em nome da “segurança” e do “bem-comum” tornou-se ficção o direito à privacidade e ao resguardo das famílias e respectivos critérios educativos. Deixou de haver pobres e pobreza e em troca ganhou-se endividados e “insolventes”. Deixou de haver “colonizados”, mas ganhámos “ajuda humanitária” por entre capacetes azuis e “bocassas” locais. Deixou de haver religião e passou a haver “ciência” e respectivos desmandos de consumo doméstico.Eis o maravilhoso mundo novo”(que de novo pouco tem e vai é para velho) em todo o seu esplendor.

(Café da Insónia)

Como gado… ou o admirável mundo moderno.

Comédia da vida pública

Uma ideia que ressurgiu no congresso do CDS-PP (o governo está nas últimas e já cheira a tacho…) e que tem vindo a ser defendida por muitos “comentadores políticos” nacionais: para que Portugal saia da falência em que foi sendo irresponsavelmente lançado ao longo dos últimos 40 anos pela voragem dos oportunistas do PS, PSD e CDS-PP, é preciso um pacto entre os partidos mais respeitáveis: PS, PSD e CDS-PP. A solução é o problema, percebem?

Esta ideia paradoxal é uma consequência da confusão que alguns fazem entre a nação e o regime. É este último que eles querem salvar, não é Portugal.

Relações mafiosas

(Na fotografia os cinco maiores banqueiros portugueses: Nuno Amado, Ricardo Salgado, Faria de Oliveira, Carlos Santos Ferreira e Fernando Ulrich.)

Um dos motivos por que o Governo se tornou fiador de 20 mil milhões de euros de transacções intra-bancárias…?
Os de hoje vão estar como gestores da Banca amanhã, pois os de ontem, já estão por lá hoje.

Vejamos a lista:

Fernando Nogueira:

Antes -Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
Depois – Presidente do BCP Angola

————————————————————-

José de Oliveira e Costa (o tal que esteve na gaiola):

Antes -Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Depois -Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)

——————————————————————————–

Rui Machete (o tal que agora ninguém o ouve):

Antes – Ministro dos Assuntos Sociais
Depois – Presidente do Conselho Superior do BPN; (o banco falido, é só gamanço)
Presidente do Conselho Executivo da FLAD

——————————————————————————

Armando Vara (o tal a quem o “sucateiro” dava caixas de robalos):

Antes – Ministro adjunto do Primeiro Ministro
Depois – Vice-Presidente do BCP (demissionário a seu pedido, antes que levasse um chuto no cú)

———————————————————————————————-

Paulo Teixeira Pinto (o tal que antes de trabalhar já estava reformado):

Antes – Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Depois – Presidente do BCP (Ex. – Depois de 3 anos de ‘trabalho’,
saiu com 10 milhões de indemnização! E mais 35.000 EUR x 15 meses por ano até morrer…)
———————————————————————————–

António Vitorino:

Antes -Ministro da Presidência e da Defesa
Depois -Vice-Presidente da PT Internacional;
Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta – (e ainda umas ‘patacas’ como comentador RTP)

—————————————————————————-

Celeste Cardona (a tal que só aceitava o lugar na Biblioteca do Porto se tivesse carro e motorista às ordens – mas o vencimento era muito curto):

Antes – Ministra da Justiça
Depois – Vogal do CA da CGD (que maravilha – ordenado principesco – o “Zé” paga.)
——————————————————————————

José Silveira Godinho:

Antes – Secretário de Estado das Finanças
Depois – Administrador do BES (viva o luxo)
——————————————————————————–

João de Deus Pinheiro (aquele que agora nem se vê):

Antes – Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
Depois – Vogal do CA do Banco Privado Português (o tal que deu o berro).

————————————————————————————————————————–

Elias da Costa:

Antes – Secretário de Estado da Construção e Habitação –
Depois – Vogal do CA do BES (pois claro, agora é banqueiro)

————————————————————————————————–

Ferreira do Amaral (o espertalhão, que preparou o terreno):

Antes – Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
Depois – Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o contrato (pois claro, à tripa forra).

————————————————————————————

Etc., etc., etc…

Autor: Carlos Alberto Carrasco

Etologia

Novo lançamento nas Edições Réquila (que continuam a desenvolver um excelente trabalho e praticamente gratuito):

Neste trabalho o Colectivo Nova Geração dá-nos a conhecer, numa linguagem bastante acessível, os fundamentos desta pouco conhecida ciência e a maneira como os etólogos conseguiram deitar por terra as crenças esquerdistas do “bom selvagem” e do mito da igualdade natural entre os seres humanos.

Bullit

Steve Mcqueen, “a man’s man”, um polícia numa cruzada solitária; Jacqueline Bisset tão bela quanto alguma mulher alguma vez foi, um Ford Mustang mítico, as ruas e a boémia de São Francisco…um clássico iconográfico a provar que o estilo é que conta.




Em tempo de mau-gosto carnavalesco: há outro Brasil!

Há um Brasil europeu que também não suporta a cultura sambista…

Temos de ser o esgoto do mundo inteiro

Mais de um milhar de imigrantes africanos chegaram à ilha italiana de Lampedusa, num dia apenas…é a Europa transformada no esgoto do mundo, incapaz de se defender, cheia de medo da culpabilização colonialista.