Devaneios feministas

by RNPD

Um em cada três alunos do MBA da AESE é uma mulher. Esta é uma tendência que se tem registado nos últimos anos e que mostra uma clara aposta na formação por parte das mulheres, que querem progredir num mercado de trabalho ainda dominado pela presença masculina.

“A tendência para que os homens em cargos de direcção sejam cada vez mais substituídos por senhoras, num número cada vez maior de profissões, irá manter-se nos próximos anos”, acredita José Pinto dos Santos, professor de Finanças e director executivo do 12º Executive MBA AESE/IESE, que terá início no próximo ano. O professor especula também se esta nova tendência não irá causar uma alteração nos “paradigmas tradicionais de direcção” ou se não estarão para chegar novos modelos de liderança, “com soluções diferentes, mais eficazes e criativas”.
Diário Económico, 20-11-2011

A ideia de que a liderança feminina traz soluções “mais eficazes e criativas” é uma daquelas imbecilidades que resultam das doutrinas feministas modernas e da necessidade de expiação de culpa de alguns homens.

Há alguma prova de que as mulheres sejam mais “eficazes” do que os homens, seja lá isso o que for? E mais criativas? Arriscaria mesmo a dizer que se fosse necessário hierarquizar a capacidade criativa de homens e mulheres o sexo masculino sairia a ganhar. A predisposição dos homens para a ruptura de paradigmas ou a revolução é francamente superior à das mulheres, que de resto se distinguem, comparativamente ao género masculino, por uma maior aceitação dos paradigmas vigentes, sejam eles quais forem. As mulheres são indiscutivelmente mais propensas a cumprir as regras, a seguir a “lei”, a acatar a ordem instituída, do que os homens. Aliás, nas profissões onde mais se exige talento criativo e artístico, os homens tendem a superar as mulheres.

Se quisermos ir mais longe afirmaremos que é fantasioso e sem sustentação dizer que as mulheres trarão novos paradigmas de liderança. Para além das abstracções teóricas saídas das cartilhas politicamente correctas, não há qualquer prova real de que isso seja verdade, muito pelo contrário. O que a experiência nos tem revelado é que as mulheres não alteram substancialmente os modelos de liderança, antes lideraram de acordo com o que os modelos de liderança preexistentes lhes impõem. Elas não mudam o paradigma, reforçam-no.